domingo, 20 de maio de 2012

Visões da ciência assistindo-se The Big Bang Theory


Entre os diversos personagens (aqui, um tom de absoluto deboche) que conheci pelo ORKUT, colecionei algumas conceituações, frases, afirmações, análises e opiniões que merecem ser emolduradas, e se bem exploradas, poderiam gerar um sitcom.

Recentemente, somou-se a esta coleção uma maravilha do "acho que entendo disso" (ainda, que na verdade, é bem possível que o autor realmente considere-se uma autoridade no que afirma):

As ciências, incluindo entre elas a lógica e a matemática, que são construídas sobre evidências materiais.

Esta lembrou-me outra, coletada anteriormente:

Como toda ciência, matemática é antes de tudo empírica e o zero é uma dedução visual e geométrica.

Leia de novo, caro leitor. Leia atentamente. Uma das coisas que aprendi ao longo dos anos que os maiores desreferenciados de qualquer campo são exatamente aqueles que dizem as maiores besteiras com os mais elaborados discursos, e as vezes, com as rendas rotas do mais empolado comportamento blasé.

Sinceramente, prefiro algumas das maiores autoridades que conheci nas áreas que atuavam, apresentando coisas complexas, muitas vezes com meia dúzia de palavrões, e ao meio de demonstrações longas e feitas "a sangue frio", com 'giz sobre quadro', percebendo que tinham cometido um erro, retornavam ao ponto em questão e humildemente refaziam seu trabalho.

Seguidamente, em especial no caso da segunda frase "pérola" acima, sempre está disponível alguém realmente habilitado no ramo que despeja um comentário até educado, e mais que tudo útil, como na ocasião, Fernando, um matemático: -Quem leu isso e achou que deveria levar a sério por favor não leve. Esta frase distorce tudo o que significa realmente fazer matemática.

Repetidas vezes tenho divulgado aqui que matemática é linguagem lógica sobre axiomas, não é ciência no sentido popperiano, logo,não pode ser empírica. Aliás, qual seria, após uma demonstração inequívoca, o sentido de se submeter ao falseamento a "hipótese" de que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa? Ou que a raiz quadrada de dois é um irracional? Teríamos de testar outros números dois, medir outros quadrados? Verificar se realmente são quadrados?
Uma demonstração geométrica do teorema de Pitágoras e um dos momentos gloriosos dos nerds.


Para entender-se estas e outras questões, recomendo boa parte de O Último Teorema de Fermat, de Simon Sigh ou em caso de desejar-se aprofundar, os trabalhos de CHAITIN, atual "papa" sobre a questão da separação definitiva entre Física e Matemática, que é outro ponto que seguida, e deveria dizer insistentemente, levanto.

Mas não sejamos repetitivos e avancemos sobre outros campos.

A ciência, a meu ver, hoje, funciona como um instrumento ótico, como um microscópio, com três objetivas claramente distintas.

A primeira, focada no macro dos macros, o universo como um todo, que usa destacadamente da astronomia em suas hoje diversas ferramentas, que há muito ultrapassaram o apenas visível e tenta entender o maior objeto que se pode tratar no limite do que possa ser examinado para afirmar e modelar como este se comporta. Suas conquistas: já conseguimos dizer como o universo muito certamente é, seguramente como se comportou nos últimos 13,7 bilhões de anos, com exceção de um pequeno intervalo de tempo inicial e muito provavelmente, como se comportará no futuro.

Ainda não entendemos nem como, no íntimo, tal comportamento é causado (a energia escura) e não sabemos exatamente o que seja boa parte do que o compõe (a matéria escura). 

Por um linguajar mais metafórico, tocamos como cegos na tromba, nos marfins, nas patas e nas normes orelhas, avaliamos a grossa pele e sabemos exatamente que é um elefante, embora, como cegos, não saibamos nem sua real cor nem quase nada de seu metabolismo, tirando sua temperatura superficial.

Numa linguagem mais matemática ou geométrica, temos um setor de superfície, e podemos afirmar que é uma superfície curva, até que é côncava ou convexa, temos até sua angulação precisa, mas não temos o formato geral do objeto de onde ela foi extraída.

Por estas e outras, é extremamente perigoso afimar-se coisas sobre o "tudo", seja no todo de seu conjunto, seja na totalidade de sua existência no tempo. O terreno da cosmóloga completamente tarada Dra. Elizabeth Plimpton, hóspede recente da dupla principal da sitcom é, pela sua proximidade com a Filosofia, tão escorregadio quanto são suas paixões.

Onde trata-se dos componentes do que julgamos como o tudo, como são as estrelas e os demais corpos celestes, nosso conhecimento já as trata em quase mínimos detalhes, e nos restam poucas lacunas, como por exemplo aformação de planetas ao redor de determinadas estrelas degeneradas, como as estrelas de nêutrons. O terreno da Astrofísica*, o terreno de pesquisa do sedutor indiano (apenas quando bebe) Raj Koothrappali está entre os mais abrangentes e bem estruturados campos da ciência. Exatamente por ele, podemos inclusive determinar com segurança as distâncias das galáxias, exatamente pelo estabelecimento de "velas padrão", com supernovas de tipos específicos, que explodem nas mais distantes galáxias. 

*Que repito sempre, deveria se chamar Astrologia, mas outra pseudociência roubou o nome antes - e não devolveu.
Uma demonstração geométrica do teorema de Pitágoras e um dos momentos gloriosos dos nerds.


Para entender-se estas e outras questões, recomendo boa parte de O Último Teorema de Fermat, de Simon Sigh ou em caso de desejar-se aprofundar, os trabalhos de CHAITIN, atual "papa" sobre a questão da separação definitiva entre Física e Matemática, que é outro ponto que seguida, e deveria dizer insistentemente, levanto.

Mas não sejamos repetitivos e avancemos sobre outros campos.

A ciência, a meu ver, hoje, funciona como um instrumento ótico, como um microscópio, com três objetivas claramente distintas.

A primeira, focada no macro dos macros, o universo como um todo, que usa destacadamente da astronomia em suas hoje diversas ferramentas, que há muito ultrapassaram o apenas visível e tenta entender o maior objeto que se pode tratar no limite do que possa ser examinado para afirmar e modelar como este se comporta. Suas conquistas: já conseguimos dizer como o universo muito certamente é, seguramente como se comportou nos últimos 13,7 bilhões de anos, com exceção de um pequeno intervalo de tempo inicial e muito provavelmente, como se comportará no futuro.

Ainda não entendemos nem como, no íntimo, tal comportamento é causado (a energia escura) e não sabemos exatamente o que seja boa parte do que o compõe (a matéria escura). 

Por um linguajar mais metafórico, tocamos como cegos na tromba, nos marfins, nas patas e nas normes orelhas, avaliamos a grossa pele e sabemos exatamente que é um elefante, embora, como cegos, não saibamos nem sua real cor nem quase nada de seu metabolismo, tirando sua temperatura superficial.

Numa linguagem mais matemática ou geométrica, temos um setor de superfície, e podemos afirmar que é uma superfície curva, até que é côncava ou convexa, temos até sua angulação precisa, mas não temos o formato geral do objeto de onde ela foi extraída.

Por estas e outras, é extremamente perigoso afimar-se coisas sobre o "tudo", seja no todo de seu conjunto, seja na totalidade de sua existência no tempo. O terreno da cosmóloga completamente tarada Dra. Elizabeth Plimpton, hóspede recente da dupla principal da sitcom é, pela sua proximidade com a Filosofia, tão escorregadio quanto são suas paixões.

Onde trata-se dos componentes do que julgamos como o tudo, como são as estrelas e os demais corpos celestes, nosso conhecimento já as trata em quase mínimos detalhes, e nos restam poucas lacunas, como por exemplo aformação de planetas ao redor de determinadas estrelas degeneradas, como as estrelas de nêutrons. O terreno da Astrofísica*, o terreno de pesquisa do sedutor indiano (apenas quando bebe) Raj Koothrappali está entre os mais abrangentes e bem estruturados campos da ciência. Exatamente por ele, podemos inclusive determinar com segurança as distâncias das galáxias, exatamente pelo estabelecimento de "velas padrão", com supernovas de tipos específicos, que explodem nas mais distantes galáxias. 

*Que repito sempre, deveria se chamar Astrologia, mas outra pseudociência roubou o nome antes - e não devolveu.
Uma demonstração geométrica do teorema de Pitágoras e um dos momentos gloriosos dos nerds.


Para entender-se estas e outras questões, recomendo boa parte de O Último Teorema de Fermat, de Simon Sigh ou em caso de desejar-se aprofundar, os trabalhos de CHAITIN, atual "papa" sobre a questão da separação definitiva entre Física e Matemática, que é outro ponto que seguida, e deveria dizer insistentemente, levanto.

Mas não sejamos repetitivos e avancemos sobre outros campos.

A ciência, a meu ver, hoje, funciona como um instrumento ótico, como um microscópio, com três objetivas claramente distintas.

A primeira, focada no macro dos macros, o universo como um todo, que usa destacadamente da astronomia em suas hoje diversas ferramentas, que há muito ultrapassaram o apenas visível e tenta entender o maior objeto que se pode tratar no limite do que possa ser examinado para afirmar e modelar como este se comporta. Suas conquistas: já conseguimos dizer como o universo muito certamente é, seguramente como se comportou nos últimos 13,7 bilhões de anos, com exceção de um pequeno intervalo de tempo inicial e muito provavelmente, como se comportará no futuro.

Ainda não entendemos nem como, no íntimo, tal comportamento é causado (a energia escura) e não sabemos exatamente o que seja boa parte do que o compõe (a matéria escura). 

Por um linguajar mais metafórico, tocamos como cegos na tromba, nos marfins, nas patas e nas normes orelhas, avaliamos a grossa pele e sabemos exatamente que é um elefante, embora, como cegos, não saibamos nem sua real cor nem quase nada de seu metabolismo, tirando sua temperatura superficial.

Numa linguagem mais matemática ou geométrica, temos um setor de superfície, e podemos afirmar que é uma superfície curva, até que é côncava ou convexa, temos até sua angulação precisa, mas não temos o formato geral do objeto de onde ela foi extraída.

Por estas e outras, é extremamente perigoso afimar-se coisas sobre o "tudo", seja no todo de seu conjunto, seja na totalidade de sua existência no tempo. O terreno da cosmóloga completamente tarada Dra. Elizabeth Plimpton, hóspede recente da dupla principal da sitcom é, pela sua proximidade com a Filosofia, tão escorregadio quanto são suas paixões.

Onde trata-se dos componentes do que julgamos como o tudo, como são as estrelas e os demais corpos celestes, nosso conhecimento já as trata em quase mínimos detalhes, e nos restam poucas lacunas, como por exemplo aformação de planetas ao redor de determinadas estrelas degeneradas, como as estrelas de nêutrons. O terreno da Astrofísica*, o terreno de pesquisa do sedutor indiano (apenas quando bebe) Raj Koothrappali está entre os mais abrangentes e bem estruturados campos da ciência. Exatamente por ele, podemos inclusive determinar com segurança as distâncias das galáxias, exatamente pelo estabelecimento de "velas padrão", com supernovas de tipos específicos, que explodem nas mais distantes galáxias. 

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