quarta-feira, 13 de junho de 2012

Exercício resolvido: Potência e Energia

Exercício resolvido de Física do vestibular da VUNESP. Questão que exige conhecimentos de força de atrito, potência, rendimento e energia.

(VUNESP – Potencia e Energia) No sistema da figura, o motor elétrico estacionário M puxa um bloco de massa m= 500kg com velocidade v0 = 0,50 m/s sobre uma superfície horizontal, cujo coeficiente de atrito cinético é 0,10.
Dado: g= 10 m/s2.
a) Qual deve ser a potência útil do motor?

b) Se o rendimento do motor é de 80%, quantos joules de energia são consumidos por hora?


Resposta

a) Sabendo que F é o valor da tração no fio. Temos:

Como a velocidade é constante podemos concluir que a resutante das forças é nula, logo::

F=fat=µmg
fat=µmg
F= 0,10.500.10
F=500 N

Portanto, a potência útil (Pu) do motor vale:

Pu = F.v0 =500.0,50
Pu=250W

b) O rendimento do motor (ŋ) é dado por:

η=Pu/Pt

Onde, η= 0,80 e Pu=250 W, logo:

0,8 = 250 / Pt
Pt= 312,5W

Sabendo que 1 hora contém 3 600 segundos, a energia consumida (E) será:

E=Pt.∆t
E= 312,5 . 3600
E=1,13.106 J

Resposta: 1,13.106 J

Potencial Elétrico - Exercícios

Questão aberta:

01. Num campo elétrico foram medidos os potenciais em dois pontos A e B e encontrou-se VA = 12VVB = 5,0V.
a) Qual o trabalho realizado por esse campo quando se transporta uma carga puntiforme de 18uC de A para B?

b) Sabe-se que nesse transporte não houve variação de energia cinética da partícula. Determine o trabalho do operador.

Testes:


02. (SÃO LEOPOLDO-RS) Num escritório são instalados 10 lâmpadas de 100W, que funcionarão, em média, 5 horas por dia. Ao final do mês, à razão de R$ 0,12 por kWh, o valor da conta será:  

a) R$ 28,00
b) R$ 25,00
c) R$ 18,00
d) R$ 8,00
e) n.d.a.    


03. (FUVEST) Um chuveiro elétrico, ligado em média uma hora por dia, gasta R$ 10,80 de energia elétrica por mês. Se a tarifa cobrada é de R$ 0,12 por quilowatt-hora, então a potencia desse aparelho elétrico é:
a) 90W
b) 360W
c) 2.700W
d) 3.000W
e) 10.800W    


04. (UEPR) Um gerador funcionará em regime de potência útil máxima, quando sua resistência interna for igual: 
a) à resistência equivalente do circuito que ele alimenta;
b) à metade da resistência equivalente do circuito que ele alimenta;
c) ao dobro da resistência equivalente do circuito que ele alimenta;
d) ao quádruplo da resistência equivalente do circuito que ele alimenta;
e) à quarta parte da resistência equivalente do circuito que ele alimenta.  
 


05. (FATEC - SP) Um chuveiro elétrico tem um seletor que lhe permite fornecer duas potências distintas: na posição "verão" o chuveiro fornece 2700W, na posição "inverno" fornece 4800W. José, o dono deste chuveiro, usa-o diariamente na posição "inverno", durante 20 minutos. Surpreso com o alto valor de sua conta de luz, José resolve usar o chuveiro com o seletor sempre na posição "verão", pelos mesmos 20 minutos diários. Supondo-se que o preço do quilowatt-hora seja de R$ 0,20, isto representará uma economia diária de:   

      a) 0,14
      b) 0,20
      c) 1,40
      d) 2,00
      e) 20,00   


06. (UE - MARINGÁ) Uma lâmpada tem indicado 60W - 120V. Sendo percorrida por uma corrente de intensidade 500mA, pode-se afirmar que:   

      a) seu brilho será menor que o normal;
      b) seu brilho será maior que o normal;
      c) seu brilho será normal;
      d) não suportará o excesso de corrente;
      e) não há dados suficientes para fazer qualquer afirmação.   



07. (FUVEST) Um fogão elétrico, contendo três resistências iguais associadas em paralelo, ferve uma certa quantidade de água em 5 minutos. Qual o tempo que levaria, se as resistências fossem associadas em série?   

      a) 3 min
      b) 5 min
      c) 15 min
      d) 30 min
      e) 45 min


08. Um resistor utilizado para aquecer água é composto por um fio enrolado em um núcleo de cerâmica. Esse resistor é utilizado para aquecer uma certa massa de água de 20°C até 80°C, em 2 minutos. Deseja-se aquecer a mesma quantidade de água de 20°C até 80°C em um minuto, sem alterar a fonte de tensão à qual o resistor está ligado. Para isto devemos trocar o resistor por outro, de mesmo material:   

      a) com a mesma espessura e um quarto do comprimento;
      b) com a mesma espessura e metade do comprimento;
      c) com a mesma espessura e o dobro do comprimento;
      d) com o mesmo comprimento e metade da espessura;
      e) com o mesmo comprimento e o dobro da espessura.    


09. (EPUSP) Um motor, atravessado por corrente i = 10A, transforma a potência elétrica P = 80W em potência mecânica. A força contra-eletromotriz do motor:   

      a) depende da resistência interna do motor;
      b) é 8,0V;
      c) depende do rendimento do motor;
      d) depende da rotação do motor;
      e) n.d.a   
  
10. (PUC - RS) Uma carga de 2,0 . 10-7C encontra-se isolada, no vácuo, distante 6,0cm de um ponto P. Dado: K0 = 9,0 . 109 unidades SI Qual a proposição correta?

      a) O vetor campo elétrico no ponto P está voltado para a carga.
      b) O campo elétrico no ponto P é nulo porque não há nenhuma carga elétrica em P.
      c) O potencial elétrico no ponto P é positivo e vale 3,0 . 104V.
      d) O potencial elétrico no ponto P é negativo e vale -5,0 . 104V. 
      e) Em P são nulos o campo elétrico e o potencial, pois aí não existe carga elétrica.   


11. (UNISA) No campo elétrico criado no vácuo, por uma carga Q puntiforme de 4,0 . 10-3C, é colocada uma carga q também puntiforme de 3,0 . 10-3C a 20cm de carga Q. A energia potencial adquirida pela carga q é: 

      a) 6,0 . 10-3 joules
      b) 8,0 . 10-2 joules
      c) 6,3 joules
      d) 5,4 . 105 joules
      e) n.d.a. 


12. (UNICAMP) Uma carga de -2,0 . 10-9C está na origem de um eixo X. A diferença de potencial entre x1 = 1,0mx2 = 2,0m (em V) é: 

      a) +3
      b) -3
      c) -18
      d) +18
      e) -9  


13. (FCM SANTA CASA) Considere que um próton e um elétron, à distância infinita um do outro, têm energia potencial elétrica nula. Suponha que a carga do próton seja de +2 . 10-19 coulomb e a do elétron -2 . 10-19 coulomb. Adote K0 = 1 . 1010 unid. SI Nesse caso, colocados à distância de 0,5 . 10-10m um do outro, a energia potencial elétrica do par próton-elétron é a mais corretamente expressa, em joules, por:   

      a) -8,0 . 10-18
      b) 8,0 . 10-18
      c) 8,0 . 10-28
      d) -8,0 . 10-28
      e) 4,0 . 10-9  

14. (FCM SANTA CASA) Quando se aproximam duas partículas que se repelem, a energia potencial das duas partículas:  

      a) aumenta
      b) diminui
      c) fica constante
      d) diminui e, em seguida, aumenta;
      e) aumenta e, em seguida, diminui.    


15. (FM VASSOURAS - MG) Três vértices não consecutivos de um hexágono regular são ocupados por cargas elétricas pontuais. Duas destas cargas têm o mesmo valor q e a terceira vale Q.  
Sendo nulo o potencial elétrico no vértice A não ocupado por carga, é correto afirmar que:  

      a) Q = -q
      b) Q = -2q
      c) Q = -3q
      d) Q = -4q
      e) Q = -6q   


16. O trabalho desenvolvido pela força elétrica ao se transportar uma carga puntiforme q entre dois pontos de um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme Q, afastada de qualquer outra:  

      a) depende da trajetória seguida entre os dois pontos;
      b) independe da trajetória seguida entre os dois pontos;
      c) será sempre positivo;
      d) será sempre nulo;
      e) independe da posição dos dois pontos em relação à carga Q.   


17. (SANTA CASA) A carga elétrica de um elétron vale 1,6 x 10-19C. Um elétron-volt é igual a:  

      a) 1,6 x 10-19 joules
      b) 1,6 x 10-19 volts
      c) 1,6 x 10-19 newtons/coulomb
      d) 6,25 x 1018 joules
      e) 6,25 x 1018 volts   


18. (TRIÂNGULO MINEIRO) Uma carga elétrica igual a 20nC é deslocada do ponto cujo potencial é 70V, para outro cujo potencial é de 30V. Nessas condições, o trabalho realizado pela força elétrica do campo foi igual a:  

      a) 800nJ
      b) 600nJ
      c) 350nJ
      d) 200nJ
      e) 120nJ  


19. (MED-ABC) A bateria figurada abaixo tem resistência desprezível. A potência fornecida pela bateria vale:


      a) 8W
      b) 6W
      c) 128W
      d) 18W
      e) 12

20. (FAAP) A potência dissipada na resistência interna do gerador é 15W. Calcule o valor da resistência elétrica R no circuito abaixo:

      a) 18W
      b) 180W
      c) 1,8W
      d) 0,018W
      e) 0,18W



Resolução:

01 - a) 1,3 . 10-5J 
      b) -1,3 . 10-5J


02 - C 03 - D 04 - A 05 - A 06 - C 07 - E 08 - B
09 - B 10 - D 11 - E 12 - A 13 -  A 14 - A 15 - D

16 - B 17 - A 18 - A 19 - E 20 - E              
 Fonte:http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-fisica/potencial-eletrico

Curiosidades sobre Potencial Eletrico

CALCULE O CONSUMO
Saiba quanto cada aparelho "puxa de energia" conforme dados da Eletrobrás abaixo.
O valor exato do consumo dos equipamentos de uma residência está na placa atrás de cada aparelho.

Aparelhos Elétricos Potência Média
Watts
Dias estimados Uso/Mês Média Utilização/Dia Consumo Médio Mensal
(Kwh)
ABRIDOR/AFIADOR 135 10 5 min 0,11
AFIADOR DE FACAS 20 5 30 min 0,05
APARELHO DE SOM
3 EM 1
80 20 3 h 4,8
APARELHO DE SOM PEQUENO 20 30 4 h 2,4
AQUECEDOR DE AMBIENTE 1550 15 8 h 186,0
AQUECEDOR DE MAMADEIRA 100 30 15 min 0,75
AR-CONDICIONADO 7.500 BTU 1000 30 8 h 120
AR-CONDICIONADO 10.000 BTU 1350 30 8 h 162
AR-CONDICIONADO 12.000 BTU 1450 30 8 h 174
AR-CONDICIONADO 15.000 BTU 2000 30 8 h 240
AR-CONDICIONADO 18.000 BTU 2100 30 8 h 252
ASPIRADOR DE PÓ 100 30 20 min 10,0
BARBEADOR/DEPILADOR/MASSAGEADOR 10 30 30 min 0,15
BATEDEIRA 120 8 30 h 0,48
BOILER 50 e 60 L 1500 30 6 h 270,0
BOILER 100 L 2030 30 6 h 365,4
BOILER 200 a 500 L 3000 30 6 h 540,0
BOMBA D'ÁGUA 1/4 CV 335 30 30 min 5,02
BOMBA D'ÁGUA 1/2 CV 613 30 30 min 9,20
BOMBA D'ÁGUA 3/4 CV 849 30 30 min 12,74
BOMBA D'ÁGUA 1 CV 1051 30 30 min 15,77
BOMBA AQUÁRIO GRANDE 10 30 24 h 7,2
BOMBA AQUÁRIO PEQUENO 5 30 24 h 3,6
CAFETEIRA ELÉTRICA 600 30 1 h 18,0
CHURRASQUEIRA 3800 5 4 h 76,0
CHUVEIRO ELÉTRICO 3500 30 40 min ** 70,0
CIRCULADOR AR GRANDE 200 30 8 h 48,0
CIRCULADOR AR PEQUENO/MÉDIO 90 30 8 h 21,6
COMPUTADOR/
IMPRESSORA/
ESTABILIZADOR
180 30 3 h 16,2
CORTADOR DE GRAMA
GRANDE
1140 2 2 h 4,5
CORTADOR DE GRAMA
PEQUENO
500 2 2 h 2,0
ENCERADEIRA 500 2 2 h 2,0
ESCOVA DE DENTES
ELÉTRICA
50 30 10 min 0,2
ESPREMEDOR DE FRUTAS 65 20 10 min 0,22
EXAUSTOR FOGÃO 170 30 4 h 20,4
EXAUSTOR PAREDE 110 30 4 h 13,2
FACA ELÉTRICA 220 5 10 min 0,18
FERRO ELÉTRICO AUTOMÁTICO 1000 12 1 h 12,0
FOGÃO COMUM 60 30 5 min 0,15
FOGÃO ELÉTRICO
4 CHAPAS
9120 30 4 h 1094,4
FORNO
À RESISTÊNCIA GRANDE
1500 30 1 h 45,0
FORNO À RESISTÊNCIA
PEQUENO
800 20 1 h 16,0
FORNO MICROONDAS 1200 30 2O min 12,0
FREEZER
VERTICAL/HORIZONTAL
130 - - 50
FRIGOBAR 70 - - 25,0
FRITADEIRA ELÉTRICA 1000 15 30 min 7,5
GELADEIRA
1 PORTA
90 - - 30
GELADEIRA
2 PORTAS
130 - - 55
GRILL 900 10 30 min 4,5
IOGURTEIRA 26 10 30 min 0,1
LÂMPADA FLUORESCENTE
COMPACTA - 11W
11 30 5 h 1,65
LÂMPADA FLUORESCENTE
COMPACTA - 15 W
15 30 5 h 2,2
LÂMPADA FLUORESCENTE
COMPACTA - 23 W
23 30 5 h 3,5
LÂMPADA INCANDESCENTE - 40 W 40 30 5 h 6,0
LÂMPADA INCANDESCENTE - 60 W 60 30 5 h 9,0
LÂMPADA INCANDESCENTE -100 W 100 30 5 h 15,0
LAVADORA DE LOUÇAS 1500 30 40 min 30,0
LAVADORA DE ROUPAS 500 12 1 h 6,0
LIQUIDIFICADOR 300 15 15 min 1,1
MÁQUINA DE COSTURA 100 10 3 h 3,9
MÁQUINA DE FURAR 350 1 1 h 0,35
MICROCOMPUTADOR 120 30 3 h 10,8
MOEDOR DE CARNES 320 20 20 min 1,2
MULTIPROCESSADOR 420 20 1 h 8,4
NEBULIZADOR 40 5 8 h 1,6
OZONIZADOR 100 30 10 h 30,0
PANELA ELÉTRICA 1100 20 2 h 44,0
PIPOQUEIRA 1100 10 15 min 2,75
RÁDIO ELÉTRICO GRANDE 45 30 10 h 13,5
RÁDIO ELÉTRICO PEQUENO 10 30 10 h 3,0
RÁDIO RELÓGIO 5 30 24 h 3,6
SAUNA 5000 5 1 h 25,0
SECADOR DE CABELO GRANDE 1400 30 10 min 7,0
SECADOR DE CABELOS PEQUENO 600 30 15 h 4,5
SECADORA DE ROUPA GRANDE 3500 12 1 h 42,0
SECADORA DE ROUPA PEQUENA 1000 8 1 h 8
SECRETÁRIA ELETRÔNICA 20 30 24 h 14,4
SORVETEIRA 15 5 2 h 0,1
TORNEIRA ELÉTRICA 3500 30 30 min 52,5
TORRADEIRA 800 30 10 min 4,0
TV EM CORES - 14" 60 30 5 h 9,0
TV EM CORES - 18" 70 30 5 h 10,5
TV EM CORES - 20" 90 30 5 h 13,5
TV EM CORES - 29" 110 30 5 h 16,5
TV EM PRETO E BRANCO 40 30 5 h 6,0
TV PORTÁTIL 40 30 5 h 6,0
VENTILADOR DE TETO 120 30 8 h 28,8
VENTILADOR PEQUENO 65 30 8 h 15,6
VÍDEOCASSETE 10 8 2 h 0,16
VÍDEOGAME 15 15 4 h 0,9
Como calcular o custo mensal de um equipamento em meu orçamento doméstico?

Antes de mais nada, é preciso conhecer a potência do equipamento. Procure no manual do fabricante esta informação. Em seguida, faça o cálculo da seguinte forma:

Potência do Equipamento W x Número de horas utilizadas x Número de dias de uso mês, dividido por 1000

Para achar o valor em Reais multiplique o consumo médio mensal em kWh pelo valor da tarifa cobrada pela concessionária local.


Fonte :
http://www.eletrobras.gov.br

Cálculo do consumo de energia elétrica

Cálculo do consumo de energia elétrica

Muitas vezes, na propaganda de certos produtos de eletrônicos, destaca-se a sua potência. Podemos citar como exemplos os aparelhos de som, os chuveiros e as fontes dos microcomputadores.

Sabemos que esses aparelhos necessitam de energia elétrica para funcionar. Ao receberem essa energia elétrica, eles a transformam em outra forma de energia. No caso do chuveiro, por exemplo, a energia elétrica é transformada em energia térmica.

Quanto mais energia for transformada em um menor intervalo de tempo, maior será a potência do aparelho. Portanto, podemos concluir que potência elétrica é uma grandeza que mede a rapidez com que a energia elétrica é transformada em outra forma de energia.

Define-se potência elétrica como a razão entre a energia elétrica transformada e o intervalo de tempo dessa transformação. Observe o quadro abaixo:

RESISTÊNCIA ELÉTRICA – LEIS DE OHM

RESISTÊNCIA ELÉTRICA – LEIS DE OHM



RESISTÊNCIA ELÉTRICA – LEIS DE OHM

A resistência elétrica é uma grandeza característica do resistor e mede a dificuldade que os átomos oferecem à passagem da corrente elétrica.

Considere o resistor representado no trecho do circuito, onde se aplica uma ddp U e se estabelece uma corrente de intensidade i.


Define-se como resistência elétrica R do resistor, o quociente da ddp U aplicada pela corrente i que o atravessa.

logo:


1.ª Lei de OHM:

No S.I., a unidade de resistência elétrica é o ohm



2.ª Lei de OHM:

A 2ª Lei de OHM também surgiu de experiências que demonstram que a resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do fio condutor (L), inversamente proporcional à área de secção transversal do condutor (A) e depende do material com que o condutor foi construído (resistividade r).

O coeficiente de proporcionalidade r (rô) é denominado resistividade elétrica do material que constitui o resistor. A resistividade é uma característica do material e corresponde à resistência de um resistor de comprimento unitário e de secção unitária.

Portanto, quanto menor a resistividade de um material, menor a resistência elétrica.
ELETROSTÁTICA
Cargas Elétricas
Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez, é formada de átomos, que são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons.
Os átomos são formados por um núcleo, onde ficam os prótons e nêutrons e uma eletrosfera, onde os elétrons permanecem, em órbita.
Os prótons e nêutrons têm massa praticamente igual, mas os elétrons têm massa milhares de vezes menor. Sendo m a massa dos prótons, podemos representar a massa dos elétrons como:
Ou seja, a massa dos elétrons é aproximadamente 2 mil vezes menor que a massa dos prótons.
Podemos representar um átomo, embora fora de escala, por:
Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e lançá-los em direção à um imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os elétrons a uma direção oposta a do desvio dos prótons e os nêutrons não seriam afetados.
Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são partículas com cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.
Um prótons e um elétrons têm valores absolutos iguais embora tenham sinais opostos. O valor da carga de um próton ou um elétrons é chamado carga elétrica elementar e simbolizado por e.
A unidade de medida adotada internacionalmente para a medida de cargas elétricas é o coulomb (C).
A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga encontrada na natureza, comparando-se este valor com coulomb, têm-se a relação:
A unidade coulomb é definida partindo-se do conhecimento de densidades de corrente elétrica, medida em ampère (A), já que suas unidades são interdependentes.
Um coulomb é definido como a quantidade de carga elétrica que atravessa em um segundo, a secção transversal de um condutor percorrido por uma corrente igual a 1 ampère.
Eletrização de Corpos
A única modificação que um átomo pode sofrer sem que haja reações de alta liberação e/ou absorção de energia é a perda ou ganho de elétrons.
Por isso, um corpo é chamado neutro se ele tiver número igual de prótons e de elétrons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja nula.
Pela mesma analogia podemos definir corpos eletrizados positivamente e negativamente.
Um corpo eletrizado negativamente tem maior número de elétrons do que de prótons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja negativa.
Um corpo eletrizado positivamente tem maior número de prótons do que de elétrons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja positiva.
Fique atento:
É comum haver confusão sobre corpos positivamente carregados, principalmente, já que é plausível de se pensar que para que o corpo tenha carga elétrica positiva ele deva receber carga elétrica positiva, ou seja, ganhar prótons.
Quando na verdade um corpo está positivamente carregado se ele perder elétrons, ficando com menos carga elétrica negativa.
Para que durante os cálculos você não se confunda, lembre que a física vista a nível de ensino médio estuda apenas reações elementares e cotidianas, como o movimento de elétrons. As reações onde as partículas intranucleares (nêutrons e prótons) podem ser modificadas são estudadas na parte da ciência conhecida como Física Nuclear.
Eletrizar um corpo significa basicamente tornar diferente o número de prótons e de elétrons (adicionando ou reduzindo o número de elétrons).
Podemos definir a carga elétrica de um corpo (Q) pela relação:
Onde:
Q= Carga elétrica, medida em coulomb no SI
n= quantidade de cargas elementares, que é uma grandeza adimensional e têm sempre valor inteiro (n=1, 2, 3, 4 ...)
e= carga elétrica elementar ()
A eletrostática é basicamente descrita por dois princípios, o da atração e repulsão de cargas conforme seu sinal (sinais iguais se repelem e sinais contrários se atraem) e a conservação de cargas elétricas, a qual assegura que em um sistema isolado, a soma de todas as cargas existentes será sempre constante, ou seja, não há perdas.
Processos de eletrização
Considera-se um corpo eletrizado quando este tiver número diferente de prótons e elétrons, ou seja, quando não estiver neutro. O processo de retirar ou acrescentar elétrons a um corpo neutro para que este passe a estar eletrizado denomina-se eletrização.
Alguns dos processos de eletrização mais comuns são:

Eletrização por Atrito:
Este processo foi o primeiro de que se tem conhecimento. Foi descoberto por volta do século VI a.C. pelo matemático grego Tales de Mileto, que concluiu que o atrito entre certos materiais era capaz de atrair pequenos pedaços de palha e penas.
Posteriormente o estudo de Tales foi expandido, sendo possível comprovar que dois corpos neutros feitos de materiais distintos, quando são atritados entre si, um deles fica eletrizado negativamente (ganha elétrons) e outro positivamente (perde elétrons).
Quando há eletrização por atrito, os dois corpos ficam com cargas de módulo igual, porém com sinais opostos.
Esta eletrização depende também da natureza do material, por exemplo, atritar um material com uma material pode deixar carregado negativamente e positivamente, enquanto o atrito entre o material e outro material é capaz de deixar carregado negativamente e positivamente.
Convenientemente foi elaborada uma lista em dada ordem que um elemento ao ser atritado com o sucessor da lista fica eletrizado positivamente. Esta lista é chamada série triboelétrica:

Eletrização por contato:
Outro processo capaz de eletrizar um corpo é feito por contato entre eles.
Se dois corpos condutores, sendo pelo menos um deles eletrizado, são postos em contato, a carga elétrica tende a se estabilizar, sendo redistribuída entre os dois, fazendo com que ambos tenham a mesma carga, inclusive com mesmo sinal.
O cálculo da carga resultante é dado pela média aritmética entre a carga dos condutores em contato.
Por exemplo:
  • Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo neutro . Qual é a carga em cada um deles após serem separados.
  • Um corpo condutor A com carga é posto em contato com outro corpo condutor B com carga , após serem separados os dois o corpo A é posto em contato com um terceiro corpo condutor C de carga qual é a carga em cada um após serem separados?
Ou seja, neste momento:
Após o segundo contato, tem-se:
E neste momento:
Ou seja, a carga após os contados no corpo A será +1C, no corpo B será -2C e no corpo C será +1C.

Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, pois se ele tiver falta de elétrons, estes serão doados pela terra e se tiver excesso de elétrons, estes serão descarregados na terra.
Eletrização por indução eletrostática:
Este processo de eletrização é totalmente baseado no princípio da atração e repulsão, já que a eletrização ocorre apenas com a aproximação de um corpo eletrizado (indutor) a um corpo neutro (induzido).
O processo é dividido em três etapas:
- Primeiramente um bastão eletrizado é aproximado de um condutor inicialmente neutro, pelo princípio de atração e repulsão, os elétrons livres do induzido são atraídos/repelidos dependendo do sinal da carga do indutor.
- O próximo passo é ligar o induzido à terra, ainda na presença do indutor.

- Desliga-se o induzido da terra, fazendo com que sua única carga seja a do sinal oposto ao indutor.

Após pode-se retirar o indutor das proximidades e o induzido estará eletrizado com sinal oposto à carga do indutor e as cargas se distribuem por todo o corpo.
Lei de Coulomb
Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são atraídas e com sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido para onde o vetor que as descreve aponta.
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Ou seja:
Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerarmos uma constante k, que depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando esta interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:
Então podemos escrever a equação da lei de Coulomb como:
Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de suas cargas, ou seja:

Campo Elétrico
Assim como a Terra tem um campo gravitacional, uma carga Q também tem um campo que pode influenciar as cargas de prova q nele colocadas. E usando esta analogia, podemos encontrar:
Desta forma, assim como para a intensidade do campo gravitacional, a intensidade do campo elétrico (E) é definido como o quociente entre as forças de interação das cargas geradora do campo (Q) e de prova (q) e a própria carga de prova (q), ou seja:
Chama-se Campo Elétrico o campo estabelecido em todos os pontos do espaço sob a influência de uma carga geradora de intensidade Q, de forma que qualquer carga de prova de intensidade q fica sujeita a uma força de interação (atração ou repulsão) exercida por Q.
Já uma carga de prova, para os fins que nos interessam, é definida como um corpo puntual de carga elétrica conhecida, utilizado para detectar a existência de um campo elétrico, também possibilitando o cálculo de sua intensidade.

Vetor Campo Elétrico
Voltando à analogia com o campo gravitacional da Terra, o campo elétrico é definido como um vetor com mesma direção do vetor da força de interação entre a carga geradora Q e a carga de prova q e com mesmo sentido se q>0 e sentido oposto se q<0. Ou seja:
A unidade adotada pelo SI para o campo elétrico é o N/C (Newton por coulomb).
Interpretando esta unidade podemos concluir que o campo elétrico descreve o valor da força elétrica que atua por unidade de carga, para as cargas colocadas no seu espaço de atuação.


O campo elétrico pode ter pelo menos quatro orientações diferentes de seu vetor devido aos sinais de interação entre as cargas, quando o campo é gerado por apenas uma carga, estes são:

Quando a carga de prova tem sinal negativo (q<0), os vetores força e campo elétrico têm mesma direção, mas sentidos opostos, e quando a carga de prova tem sinal positivo (q>0), ambos os vetores têm mesma direção e sentido
Já quando a carga geradora do campo tem sinal positivo (Q>0), o vetor campo elétrico tem sentido de afastamento das cargas e quando tem sinal negativo (Q<0), tem sentido de aproximação, sendo que isto não varia com a mudança do sinal das cargas de provas.

Quando uma única partícula é responsável por gerar um campo elétrico, este é gerado em um espaço que a circunda, embora não esteja presente no ponto onde a partícula é encontrada.

Campo elétrico gerado por mais do que uma partícula eletrizada.
Quando duas ou mais cargas estão próximas o suficiente para que os campos gerados por cada uma se interfiram, é possível determinar um campo elétrico resultante em um ponto desta região.
Para isto, analisa-se isoladamente a influência de cada um dos campos gerados sobre um determinado ponto.
Por exemplo, imaginemos duas cargas postas arbitrariamente em um ponto A e outro B, com cargas e , respectivamente. Imaginemos também um ponto P sob a influência dos campos gerados pelas duas cargas simultaneamente.
O vetor do campo elétrico resultante será dado pela soma dos vetores e no ponto P. Como ilustram os exemplos a seguir:
Como as duas cargas geradoras do campo têm sinal positivo, cada uma delas gera um campo divergente (de afastamento), logo o vetor resultante terá módulo igual à subtração entre os valores dos vetores e direção e sentido do maior valor absoluto.
 
Assim como no exemplo anterior, ambos os campos elétricos gerados são divergentes, mas como existe um ângulo formado entre eles, esta soma vetorial é calculada através de regra do paralelogramo, ou seja, traçando-se o vetor soma dos dois vetores, tendo assim o módulo direção e sentido do vetor campo elétrico resultante.

Como ambas as cargas que geram o campo tem sinais negativos, cada componente do vetor campo resultante é convergente, ou seja, tem sentido de aproximação. O módulo, a direção e o sentido deste vetor são calculados pela regra do paralelogramo, assim como ilustra a figura.
Neste exemplo, as cargas que geram o campo resultante têm sinais diferentes, então um dos vetores converge em relação à sua carga geradora () e outro diverge ().
Então podemos generalizar esta soma vetorial para qualquer número finito de partículas, de modo que:

Linhas de força
Estas linhas são a representação geométrica convencionada para indicar a presença de campos elétricos, sendo representadas por linhas  que tangenciam os vetores campo elétrico resultante em cada ponto, logo, jamais se cruzam. Por convenção, as linhas de força têm a mesma orientação do vetor campo elétrico, de modo que para campos gerados por cargas positivas as linhas de força são divergentes (sentido de afastamento)  e campos gerados por cargas elétricas negativas são representados por linhas de força convergentes (sentido de aproximação).
Quando se trabalha com cargas geradoras sem dimensões, as linhas de força são representadas radialmente, de modo que:
Densidade Superficial de cargas
Um corpo em equilíbrio eletrostático, ou seja, quando todos possíveis responsáveis por sua eletrização acomodam-se em sua superfície, pode ser caracterizado por sua densidade superficial média de cargas , que por definição é o resultado do quociente da carga elétrica Q, pela área de sua superfície A.
Sendo sua unidade adotada no SI o C/m².
Observe que para cargas negativas a densidade superficial média de cargas também é negativa, já que a área sempre é positiva.
Utiliza-se o termo médio já que dificilmente as cargas elétricas se distribuem uniformemente por toda a superfície de um corpo, de modo que é possível constatar que o módulo desta densidade é inversamente proporcional ao seu raio de curvatura, ou seja, em objetos pontiagudos eletrizados há maior concentração de carga em sua extremidade (ponta).

Campo Elétrico Uniforme (CEU)
Dizemos que um campo elétrico é uniforme em uma região quando suas linhas de força são paralelas e igualmente espaçadas umas das outras, o que implica que seu vetor campo elétrico nesta região têm, em todos os pontos, mesma intensidade, direção e sentido.
Uma forma comum de se obter um campo elétrico uniforme é utilizando duas placas condutoras planas e iguais. Se as placas forem postas paralelamente, tendo cargas de mesma intensidade, mas de sinal oposto, o campo elétrico gerado entre elas será uniforme.